Segunda Ferrari Daytona SP3 a pisar no Brasil

Imagine cruzar com um carro nas ruas que mais parece uma nave espacial misturada com uma obra de arte, chamada de Ferrari Daytona SP3. 

Com linhas que hipnotizam, um som que arrepia e uma presença que faz todo mundo virar o pescoço, essa máquina não é qualquer carro. 

Estamos falando de um modelo da Ferrari que é tão exclusivo que poucas pessoas já viram um exemplar de perto – e ela está aqui no Brasil.

Neste artigo, você vai conhecer a história da segunda Ferrari Daytona SP3 que já tocou seus pneus no asfalto brasileiro, o carro que conquistou os apaixonados por velocidade, luxo e design. 

Descubra o que torna essa edição tão especial, porque ela atualmente é única no país e quais os detalhes que a transformam em uma verdadeira raridade sobre rodas. Prepare-se para mergulhar no universo de um dos carros mais desejados do mundo.

O que é a Ferrari Daytona SP3?

A Ferrari Daytona SP3 (Special Project 3) é um verdadeiro tesouro sobre rodas e um dos modelos mais exclusivos que a marca italiana já produziu. Ela faz parte da série especial “Icona“, uma linha que celebra o passado glorioso da Ferrari com carros que marcaram época nas pistas. 

A SP3, em especial, é uma homenagem direta aos protótipos de competição dos anos 60, como os icônicos Ferrari 330 P3/4 e 412 P, que emocionaram o mundo com suas vitórias lendárias nas 24 Horas de Daytona em 1967.

Com um desenho que remete aos clássicos de corrida, a SP3 é uma mistura impressionante de passado e futuro. Ela tem um design ousado, com curvas marcantes, portas em estilo borboleta e entradas de ar que parecem saídas de um filme de ficção científica. 

Seu interior é minimalista e luxuoso ao mesmo tempo, priorizando a experiência do motorista. Cada detalhe do carro foi pensado para despertar emoções, desde o formato do volante até o acabamento artesanal dos bancos. 

Pela alta sofisticação na sua criação e seu propósito de criação, não era de se espantar ser um modelo com produção limitada. Por isso, a Ferrari Daytona SP3 tem apenas 599 unidades fabricadas.

Diferente de outras marcas como McLaren e Porsche na criação de modelos especiais (por exemplo, P1 e 918 Spyder), a Ferrari não enumera cada exemplar com uma plaqueta informando ser o exemplar X ou Y, apenas enumera os chassis.

A Daytona SP3 é a prova viva de que a Ferrari não apenas fabrica carros, mas cria verdadeiras obras-primas em movimento.

Dados técnicos:

• Ano: 2022
• Motor: 6.5L V12 aspirado 
• Potência: 840 cavalos
• Torque: 71,0 kgfm
• Aceleração 0-100 km/h: 2,85 segundos
• Velocidade Máxima: 340 km/h
• Peso: 1.485 kg
• Tração: Traseira 
• Preço: ~US$2.223.935 (cerca de R$12.231.642,00 na conversão direta, levando em consideração o dólar em R$5,50, e não contando impostos)

Atualmente a Única do Brasil

O Brasil já foi palco de dois exemplares da Ferrari Daytona SP3 ao mesmo tempo, onde ambos circulavam pelas capitais do estado de São Paulo e Paraná. Porém, algo indesejado por muitos entusiastas aconteceu.

A primeira unidade do modelo, na cor Rosso Magma, chegou ao Brasil em 2023, importada oficialmente pela Via Itália (representante da marca no país). Mas no início do ano de 2025, o carro teve seu cadastro atualizado e foi exportado para o continente europeu.

Com isso, sobrou somente um exemplar da Daytona SP3 em solo brasileiro. Ou seja, a segunda SP3 do país que roda por Curitiba, agora é a única representante desse modelo em solo brasileiro. 

O carro foi importado de forma independente pela Paíto Motors em meados de agosto de 2024, e logo após sua chegada já foi direto para seu novo lar, em uma das coleções mais famosas do Brasil.

Desde sua chegada, o carro repousa ao lado da última Ferrari LaFerrari Coupé produzida, duas unidades da 812 Competizione, 488 Pista e Pista Piloti, as três unidades do país da Mercedes-Benz SLR McLaren 722 Edition, entre outras joias sobre rodas.

Além disso, de vez em quando é vista em circulação ao lado de sua “irmã” LaFerrari (fotos), em configurações “parecidas” por serem carros extremamente diferentes do comum, e ambos em tons de branco.

Detalhes da Configuração 

Um dos maiores destaques dessa unidade da Ferrari Daytona SP3 é a sua configuração única. O carro foi personalizado com a cor Bianco Cervino, um tom branco sofisticado e raro, nunca antes visto em uma Ferrari no Brasil (fotos).

Essa tonalidade faz referência ao monte Cervino que fica nos alpes italianos

Por dentro, o luxo continua: o interior é revestido em couro Cuoio, uma tonalidade marrom clara, com detalhes em azul elétrico nos cintos de segurança e no volante. As pinças de freio também são azuis, dando um contraste elegante.

Outro detalhe impressionante são os “painted shields”, aqueles brasões da Ferrari que ficam nas laterais do carro, que foram pintados à mão por artesãos especializados da Ferrari. Um trabalho delicado e muito caro, que mostra o nível de exclusividade do carro.

Porém, no caso da Daytona SP3, esses shields não são pintados no pára-lama, mas sim na porta, devido a traseira do carro ser bem larga, e os retrovisores serem posicionados no lugar dos brasões.

Como a Ferrari não enumera os chassis da Daytona SP3, infelizmente não é possível saber qual exemplar em específico é a unidade “brasileira”.

Mas, levando em consideração que a primeira Daytona SP3 foi entregue em setembro de 2023, e a unidade que está no Brasil é 2024/2024, e chegou no país em agosto do mesmo ano, pode-se dizer que ela está entre as 200 primeiras fabricadas.

A presença da Ferrari Daytona SP3 Bianco Cervino no Brasil não é apenas uma notícia para os fãs de carros — é um verdadeiro marco para o cenário automotivo nacional. 

Ter uma máquina tão rara, com uma configuração tão única e um visual de tirar o fôlego circulando por aqui, mostra o quanto o país também pode ser palco de exclusividade, luxo e paixão por carros.

Mais do que velocidade e design, essa SP3 carrega uma história, uma homenagem às corridas lendárias e à ousadia da Ferrari em continuar criando sonhos sobre rodas. É um privilégio raro ver de perto algo que foi feito para poucos, e mais ainda saber que essa preciosidade agora faz parte de uma coleção brasileira.