Todas as Gerações do Lendário Nissan Skyline

Se você já se pegou admirando um carro japonês com visual agressivo, ronco forte e fama mundial, provavelmente estava olhando para um Nissan Skyline — ou um de seus irmãos GT-R. 

Mas o que pouca gente sabe é que por trás dessa fama toda existe uma história longa, cheia de mudanças, curiosidades e transformações surpreendentes.

O Skyline não nasceu como um supercarro. Muito pelo contrário: ele começou como um sedã familiar simples no Japão dos anos 1950. Ao longo das décadas, evoluiu tanto que acabou se tornando uma lenda nas pistas e nas ruas.

Quer entender como tudo isso aconteceu? Então continue lendo, porque vamos explorar todas as gerações que moldaram o Skyline até ele se tornar o mito que é hoje.

O nascimento de uma história

O Skyline surgiu em 1957, em plena expansão do Japão após a guerra, carregando o nome Prince Skyline. Naquela época, ele não era uma máquina de corrida, mas sim um sedã elegante, pensado para levar famílias com conforto e estilo. 

Fabricado pela Prince Motor Company, o carro trazia linhas suaves e um interior bem cuidado, com estofados confortáveis e acabamento caprichado.

Sete anos depois, em 1966, veio uma grande mudança: a Prince se fundiu à Nissan, e o Skyline ganhou um novo “sobrenome”, tornando-se oficialmente o Nissan Skyline. 

Essa união trouxe mais recursos, pesquisa e desenvolvimento, e logo vimos melhorias no motor, na suspensão e no design. Com o passar das décadas, esse modelo foi ficando cada vez mais forte. 

Surgiram versões esportivas, turbinadas e cheias de tecnologias para a época. O ápice dessa evolução chegou com as famosas edições GT-R, que entraram para a história ao dominar corridas e conquistar o coração dos apaixonados por velocidade.

Linha do tempo das gerações do Skyline

1ª geração (1957–1963) – ALSI

A primeira geração do Skyline nasceu como Prince Skyline ALSI, em 1957. Era um sedã elegante, com estilo claramente inspirado nos carros americanos da década de 50, especialmente os Cadillac. 

Seu motor 1.5 de 60 cavalos não era potente, mas oferecia boa dirigibilidade para a época. O foco era no conforto e na sofisticação, agradando o público japonês que buscava algo mais refinado. 

Essa geração não tinha qualquer intenção esportiva, mas foi a base de tudo que viria depois. Os modelos dessa época são raros hoje, e representam o início de uma lenda.

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2ª geração (1963–1968) – S50

Com a segunda geração, o Skyline passou a ter um visual mais moderno e linhas mais quadradas. O grande destaque foi o surgimento da versão com motor de seis cilindros, algo raro para um carro japonês na época. 

Em 1964, surgiu o Skyline GT, com motor 2.0 de 105 cavalos, que deu os primeiros sinais de esportividade. A ideia era competir com modelos europeus em corridas, e essa mudança de direção ajudou a moldar o futuro GT-R. Foi também nessa geração que o modelo se popularizou ainda mais entre o público japonês.

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3ª geração (1968–1972) – C10 “Hakosuka”

O famoso “Hakosuka” é um dos Skylines mais icônicos de todos os tempos. O apelido vem da junção das palavras japonesas “hako” (caixa) e “suka” (abreviação de Skyline). 

Foi nessa geração que nasceu o primeiro Skyline GT-R, em 1969. Equipado com motor 2.0 de 6 cilindros em linha (S20) com 160 cavalos, ele era leve, equilibrado e criado para vencer corridas. 

Venceu mais de 50 provas em solo japonês, criando uma reputação imbatível. O design quadrado e agressivo é muito admirado até hoje. Para muitos, o verdadeiro espírito do GT-R nasceu aqui.

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4ª geração (1972–1977) – C110 “Kenmeri”

A geração Kenmeri ficou famosa pelo casal Ken e Mary, que aparecia em comerciais de TV na época. O visual mudou bastante, com linhas mais arredondadas e modernas. Apesar disso, a potência não evoluiu muito em relação ao modelo anterior. 

A grande novidade foi o lançamento do C110 GT-R, mas ele teve vida curta: apenas 197 unidades foram produzidas antes de ser cancelado por causa da crise do petróleo e das novas leis de emissão. Hoje, é um dos modelos mais raros e desejados entre colecionadores.

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5ª geração (1977–1981) – C210

O Skyline C210 marcou uma fase de transição. Com o foco voltado novamente ao conforto, ele deixou de lado a pegada esportiva. Ainda assim, trouxe novidades como motores com turbocompressor (versão 2000 GT-EX), uma grande inovação para a época. 

O visual era mais quadrado e seguia a tendência da década de 70. Mesmo sem um GT-R, o C210 manteve o nome Skyline vivo e pavimentou o caminho para as gerações mais tecnológicas que viriam nos anos 80. Hoje é visto como um clássico da era pós-Kenmeri.

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6ª geração (1981–1985) – R30

Com o R30, o Skyline entrou de vez nos anos 80. Ele ganhou fama com a versão RS-Turbo, equipada com o motor FJ20ET de 4 cilindros, entregando até 190 cavalos. 

Foi um dos primeiros Skylines realmente focados em performance desde o fim do GT-R. O modelo ficou ainda mais popular no Japão ao aparecer na famosa série policial Seibu Keisatsu. 

Havia várias versões, incluindo cupê e sedã. O visual retilíneo, com faróis quadrados, virou referência na época. Foi uma fase que preparou o terreno para a volta triunfal do GT-R.

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7ª geração (1985–1989) – R31

A geração R31 não teve GT-R, mas trouxe inovações que seriam essenciais para o futuro do modelo. Foi nela que surgiram os motores da família RB, como o RB20DET, que mais tarde se tornariam famosos nos GT-R. 

Outro destaque foi o sistema de direção traseira ativa HICAS, que melhorava a estabilidade em curvas. O design era mais moderno, com carroceria aerodinâmica e acabamento superior. 

Apesar de não ter o mesmo apelo esportivo das gerações seguintes, o R31 é visto como um passo importante na evolução do Skyline.

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8ª geração (1989–1993) – R32

O renascimento do GT-R veio com o lendário R32 GT-R, lançado em 1989. Equipado com o motor RB26DETT, um 2.6 biturbo de 280 cavalos, tração integral (ATTESA E-TS) e direção ativa HICAS, ele era extremamente avançado para a época. 

Dominou as pistas de turismo no Japão, vencendo todas as corridas que disputou por vários anos. Foi apelidado de Godzilla pela imprensa australiana, tamanho seu poder. Seu design simples, mas agressivo, fez escola. Para muitos, é o GT-R mais puro e importante da história.

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9ª geração (1993–1998) – R33

O R33 manteve a base mecânica do R32, mas trouxe melhorias em conforto, segurança e dirigibilidade. Era um pouco maior e mais pesado, o que dividiu opiniões, mas sua estabilidade em alta velocidade era excelente. 

Foi o primeiro GT-R a completar uma volta em Nürburgring abaixo dos 8 minutos, algo impressionante na década de 90. O R33 também marcou presença em diversas categorias de corrida e continua sendo um dos mais respeitados da linhagem. Seu comportamento mais refinado o tornou uma opção mais versátil para o uso diário.

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10ª geração (1998–2002) – R34

O R34 é considerado por muitos como o auge do Skyline GT-R. Mais compacto que o R33 e com tecnologia ainda mais avançada, ele trazia um painel multifuncional que exibia dados como pressão do turbo, força G e temperatura do óleo (fotos). 

O motor RB26DETT foi refinado, mantendo os 280 cavalos, mas com melhor resposta. A suspensão e a aerodinâmica também foram ajustadas para torná-lo mais preciso. 

Ficou mundialmente conhecido graças aos filmes Velozes e Furiosos e aos jogos da franquia Gran Turismo. Para muitos, é o GT-R perfeito.

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11ª geração (2001–2007) – V35

A V35 marcou a separação oficial entre o Skyline e o GT-R. O Skyline passou a ser um sedã ou cupê de luxo com foco no mercado global, enquanto o GT-R viraria um modelo à parte em 2007. 

O V35 usava motores V6 da família VQ, com bom desempenho, conforto e sofisticação. Fora do Japão, ele foi vendido como Infiniti G35, muito popular nos Estados Unidos. Apesar de não ter mais o espírito esportivo dos GT-R, manteve o nome Skyline vivo.

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12ª geração (2006–2014) – V36

A geração V36 trouxe um Skyline mais moderno, com design mais fluido e aerodinâmico. Continuou sendo vendido como Infiniti G37 fora do Japão. 

O destaque era o motor V6 de 3.7 litros com até 330 cavalos, entregando bom desempenho aliado a conforto e tecnologia. Era um carro equilibrado, com dirigibilidade refinada e acabamento interno de alto nível. 

Embora não fosse um GT-R, ainda oferecia uma experiência divertida ao volante, principalmente nas versões com trânsito manual e tração traseira.

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13ª geração (2014–presente) – V37

A atual geração do Skyline, ainda vendida no Japão, é baseada no Infiniti Q50. Usa motores V6 biturbo com opções que vão de 300 a 400 cavalos. Em termos de design, é um sedã moderno, com foco em luxo e tecnologia. 

A grande novidade veio em 2023 com o Skyline Nismo, uma edição limitada com ajustes no motor, suspensão e aerodinâmica, que deu um toque mais esportivo ao modelo. 

Essa é a fase mais distante do espírito original do GT-R, mas ainda assim mantém vivo o legado do nome Skyline no mercado japonês.

GT-R: Quando o Skyline virou uma lenda?

O nome GT-R nasceu dentro do Skyline, mas cresceu tanto que virou uma estrela por conta própria. As gerações R32, R33 e R34 GT-R são lembradas até hoje como carros à frente do seu tempo, misturando potência, controle e design agressivo.

Com o lançamento do GT-R R35 em 2007, o carro passou a ser um modelo separado, sem o nome Skyline. Ele virou um supercarro global, rivalizando com Ferraris e Lamborghinis, e mostrou que a Nissan sabia fazer máquinas incríveis.

O Nissan Skyline é muito mais do que um carro — é uma história viva da evolução da engenharia japonesa. De um sedã simples nos anos 50 até se tornar o lendário Godzilla das pistas, ele conquistou gerações de fãs ao redor do mundo.

Mesmo hoje, com o GT-R seguindo seu próprio caminho e o Skyline mais voltado ao luxo, a memória das gerações GT-R continua viva nos corações dos apaixonados por carros.

E se você gostou de conhecer todas as gerações do Nissan Skyline, continue navegando em nosso blog e conheça todas as gerações de outros modelos de outras marcas reconhecidas mundialmente.