Conheça a História e Todas as Gerações do Ford Mustang
Poucos carros no mundo são tão reconhecidos quanto o Ford Mustang.
Desde o seu lançamento em 1964, ele conquistou fãs em todos os continentes e se tornou um verdadeiro símbolo da cultura automotiva.
O Mustang ajudou a criar a categoria dos “pony cars”, esportivos com estilo agressivo, preço acessível e motores potentes que fizeram a cabeça de milhões de apaixonados por carros.
Ao longo de quase 60 anos, o Mustang passou por várias transformações, acompanhou mudanças na indústria, atravessou crises do petróleo, encarou rivais fortes e ainda assim manteve sua essência: ser um carro que entrega emoção ao dirigir e estilo inconfundível.
Hoje vamos percorrer essa linha do tempo e conhecer todas as gerações do Mustang, da primeira até a atual.
Primeira geração (1964 – 1973)

Fonte: Autoevolution
O primeiro Mustang foi apresentado em 1964, no Salão de Nova Iorque, e imediatamente se tornou um fenômeno. O carro tinha linhas esportivas, longa dianteira e traseira curta, exatamente o estilo que o público jovem desejava.
Seu sucesso foi tão grande que a Ford vendeu mais de um milhão de unidades nos primeiros anos. Essa geração trouxe versões marcantes como o Mustang GT, o Mach 1 e os lendários Boss 302 e Boss 429, feitos para as pistas.
Além disso, foi nessa época que surgiu a parceria com Carroll Shelby, resultando no famoso Shelby GT350, que até hoje é um dos modelos mais desejados da história.
A primeira geração oferecia desde motores de 6 cilindros até os famosos V8. O V8 289 rendia cerca de 271 cv e 423 Nm de torque (43 kgfm), com 0 a 100 km/h em 7 segundos e máxima de 190 km/h. Já o temido Boss 429 V8 chegava a 375 cv oficiais (na prática, mais de 500 cv), acelerava de 0 a 100 km/h em 5.5 segundos e passava dos 200 km/h.
Segunda geração (1974 – 1978)

Fonte: Car Sales
A segunda geração, conhecida como Mustang II, foi lançada em plena crise do petróleo. O mundo pedia carros menores e mais econômicos, e a Ford precisou adaptar seu esportivo.
O novo Mustang ficou mais compacto e usava a base do Ford Pinto, o que desagradou parte dos fãs acostumados com os motores V8 grandes e potentes.
Mesmo assim, o Mustang II vendeu bem e foi importante para manter o nome vivo em uma época difícil. Era um carro mais prático para o uso diário, mas ainda oferecia versões com um pouco mais de emoção.
O Mustang II começou com motores de 4 e 6 cilindros, bem modestos. A versão mais forte vinha com o V8 302 (5.0 litros), entregando 140 cv e 325 Nm (33 kgfm), com 0 a 100 km/h em 9,5 segundos e máxima de cerca de 170 km/h. Foi uma das fases menos potentes do Mustang, reflexo das regras de emissões e economia da época.
Terceira geração (1979 – 1993)

Fonte: Hot Rod
A terceira geração, conhecida como Fox Body, mudou completamente a cara do Mustang. Com linhas retas e simples, o modelo refletia o estilo dos anos 80.
Ele foi construído sobre a plataforma Fox, o que deu ao carro mais leveza e flexibilidade para diferentes configurações de motor.
Apesar de não ser tão chamativo visualmente quanto a primeira geração, o Fox Body conquistou uma legião de fãs, especialmente entre entusiastas de preparação.
Seu baixo peso e motores V8 confiáveis fizeram dele um dos carros mais populares em corridas de arrancada até hoje.
O V8 5.0 “High Output” era o mais famoso dessa geração, com cerca de 225 cv e 407 Nm de torque nos anos 80. Isso permitia um 0 a 100 km/h em aproximadamente 6,5 segundos e velocidade máxima próxima de 220 km/h. Era simples, mas muito fácil de preparar, por isso se tornou tão cultuado.
Quarta geração – SN95 (1994 – 2004)

Fonte: Wikipédia
Nos anos 90, o Mustang precisava se modernizar, e a Ford lançou a quarta geração em 1994. O design ficou mais arredondado e moderno, com traços inspirados nos clássicos dos anos 60.
Esse modelo ajudou a renovar o interesse pelo Mustang em uma época de mudanças na indústria automotiva.
Em 1999, o carro recebeu um facelift chamado “New Edge”, com linhas mais angulosas e esportivas. Essa geração também trouxe de volta nomes lendários como o Mach 1 e o Cobra, desenvolvido pela divisão SVT (Special Vehicle Team).
O Mustang GT usava um V8 4.6 Modular, inicialmente com 215 cv, mas que passou para 260 cv e 407 Nm após o facelift. O SVT Cobra (2003–2004) usava um V8 4.6 supercharged com 390 cv e 530 Nm, acelerando de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos e chegando a 250 km/h.
Quinta geração – S197 (2005 – 2014)

Fonte: Wikipédia
A quinta geração marcou uma grande revolução. Inspirada nos Mustangs clássicos, ela trouxe de volta o estilo retrô, que conquistou fãs no mundo inteiro.
O design lembrava os modelos de 1969 e 1970, com faróis agressivos e traseira musculosa. Foi um sucesso de vendas e recolocou o Mustang no centro das atenções.
Essa geração também teve versões memoráveis, como o Shelby GT500, com motores supercharged de até 662 cv, e o Boss 302 (2012–2013), que homenageia o clássico dos anos 70. Foi uma era de celebração das raízes, mas com a performance moderna que o público exigia.
O Mustang GT vinha com um V8 4.6 (300 cv) no início e depois com o V8 5.0 Coyote (412 cv e 529 Nm). O Shelby GT500 evoluiu de 500 cv até 662 cv e 855 Nm (2013), com 0 a 100 km/h em 3,9 segundos e máxima de mais de 320 km/h.
Sexta geração – S550 (2015 – 2023)

Fonte: Ford
A sexta geração foi um passo enorme para o Mustang: pela primeira vez, ele foi vendido oficialmente em mercados do mundo todo, inclusive Europa e Brasil.
Além disso, o carro recebeu suspensão traseira independente em todas as versões, melhorando muito o conforto e a dirigibilidade.
Os motores variaram do 2.3 EcoBoost turbo ao tradicional V8 5.0 Coyote. Essa geração também teve versões especiais como o Bullitt, o Mach 1 e o monstruoso Shelby GT500, que superou 760 cv. Foi o Mustang mais global da história, equilibrando tradição e modernidade.
O EcoBoost 2.3 turbo entregava 310 cv e 475 Nm, com 0 a 100 km/h em cerca de 5.5 segundos. Já o GT com V8 5.0 Coyote chegava a 450 cv e 556 Nm. O Shelby GT500 (2020) impressionava com 760 cv e 847 Nm, acelerando de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos e máxima limitada a 290 km/h.
Sétima geração–S650 (2024 – atual)

Fonte: Top Gear
Apresentada recentemente, a sétima geração do Mustang mostra que o carro ainda tem muito fôlego. O design ficou ainda mais agressivo, com faróis afilados e traseira musculosa, mas sem perder a identidade clássica.
O interior ganhou um painel 100% digital inspirado em videogames, mostrando a aposta da Ford na tecnologia.
A grande novidade é o Mustang Dark Horse (fotos), versão de alto desempenho focada em pistas, equipada com o motor V8 5.0 atualizado. A Ford manteve o V8 aspirado mesmo em tempos de eletrificação, o que prova o compromisso de manter a essência esportiva do modelo.
O Mustang 2024 mantém o 2.3 EcoBoost turbo (315 cv e 475 Nm, 0–100 em 5,2 s) e o V8 5.0 Coyote atualizado (480 cv e 563 Nm no GT). O Dark Horse sobe a potência para 500 cv, com aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 4 segundos e máxima estimada acima de 250 km/h.
O legado do Mustang
O Ford Mustang não é apenas um carro: é um ícone cultural. Ele apareceu em filmes, músicas e até se tornou um símbolo de liberdade e juventude nos Estados Unidos e em vários lugares do mundo.
Cada geração trouxe sua marca, algumas mais polêmicas, outras mais celebradas, mas todas ajudaram a manter viva a chama desse clássico.
Do primeiro modelo de 1964 até o moderno Dark Horse, o Mustang continua a oferecer aquilo que fez dele uma lenda: estilo, emoção e potência. É por isso que, depois de quase seis décadas, ele segue como um dos esportivos mais amados do planeta.
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