Todos os Modelos e Cores de Placa Automotiva Usados no Brasil
Você já parou para observar uma placa de carro com mais atenção?
Pode parecer só um detalhe, mas uma placa automotiva carrega muito mais história do que a maioria das pessoas imagina.
No Brasil, essas placas foram mudando com o tempo, acompanhando o crescimento das cidades, o aumento da frota e a evolução da tecnologia. Cada modelo tem suas próprias curiosidades, cores, combinações e até regras diferentes.
Neste artigo, vamos embarcar em uma viagem no tempo para conhecer todos os modelos de placas já usados no país — desde os primeiros, quando tudo era feito de forma artesanal, até os atuais, com QR Code e padrão internacional.
Fique com a gente e descubra como cada mudança nas placas ajudou a construir a história do trânsito brasileiro!
1. O Começo: Placas de 1901 a 1915

Placa personalizada | Fonte: Marcelo Carnaval/Agência O Globo
As primeiras placas de carro no Brasil surgiram entre 1901 e 1915. Naquela época, não existia um modelo padrão. Cada dono de carro mandava fazer a sua própria placa, escolhendo o tamanho, o formato e até a cor.
Mesmo sem padronização, todas tinham o fundo preto. Os números eram brancos ou tinham a cor do metal usado na confecção.
As placas mostravam apenas números, sem letras ou nomes de cidade. Como havia poucos carros na época, isso era o suficiente para identificar cada um.
2. Mais Organização: Placas de 1915 a 1941

Fonte: O Globo
Entre 1915 e 1941, começaram as primeiras tentativas de organizar as placas. As placas ainda eram pretas, mas agora vinham com uma letra antes dos números.
A letra “P” era usada para carros particulares, e a letra “A” para carros de aluguel, como táxis, ônibus e caminhões.
Nessa fase, algumas cidades do interior começaram a incluir o nome do município na placa. Nas capitais, porém, isso ainda não era comum. Também surgiu a plaqueta de licenciamento anual, que precisava ser trocada todo ano. A numeração podia chegar a cinco dígitos.
3. Cor de Abóbora: Placas de 1941 a 1970

Placa "cor de abóbora" também poderia ser amarela | Fonte: Jason Vogel
A partir de 1941, as placas dos carros passaram a ser da cor “abóbora” (um tom alaranjado). Elas mostravam apenas números e o nome da cidade ou estado, sem letras. Não havia um padrão fixo para a quantidade de dígitos.
Ter um número baixo era sinal de prestígio. Placas com números menores que 100 podiam valer muito dinheiro. Isso acontecia porque, naquela época, a placa pertencia ao dono e não ao carro.
Assim, ao trocar de carro, a pessoa podia manter a placa antiga. A plaqueta anual de licenciamento ainda era obrigatória e ficava na parte de trás do carro.
4. Letras e Números: Placas de 1971 a 1990

Fonte: Jason Vogel
Com o aumento da frota de carros, foi preciso mudar novamente. Entre 1971 e 1990, as placas passaram a ter duas letras e quatro números (exemplo: AB-1234). Essa combinação ajudava a criar mais possibilidades de identificação.
Mesmo com o novo padrão, surgiram variações no tamanho e no estilo das placas. Algumas eram menores, outras maiores, como o modelo “tipo Mercedes“. A plaqueta anual de licenciamento continuava sendo usada, sempre presa na vertical e mudando de cor a cada ano.
5. Placas Cinza: De 1990 a 2018

Fonte: Jason Vogel
Em 1990, chegou uma nova geração de placas com fundo cinza e letras pretas. O sistema passou a usar três letras e quatro números (como ABC-1234), o que aumentou ainda mais as combinações possíveis.
A grande mudança foi que as placas passaram a acompanhar o carro durante toda sua vida útil, mesmo que ele mudasse de dono ou de cidade. Também surgiu o RENAVAM (Registro Nacional de Veículos Automotores), que unificou o cadastro dos carros em todo o país.
Outro ponto importante foi o uso de placas refletivas, que aumentaram a visibilidade durante a noite. Para carros comerciais, as placas continuaram vermelhas.
6. Placas do Mercosul: De 2018 até hoje

Fonte: ASCOM
A partir de 2018, o Brasil passou a usar as placas do padrão Mercosul. Elas são brancas com uma faixa azul na parte superior, onde está escrito o nome do país (Brasil) e a bandeira.
O formato mudou para quatro letras e três números, mas com uma das letras após o primeiro número (exemplo: ABC1D23).
As placas do Mercosul trazem mais segurança. Agora, elas têm um QR Code, que pode ser lido para verificar os dados do veículo de forma rápida e digital.
Outra mudança é que não é mais necessário trocar a placa ao mudar de cidade ou de dono. A placa acompanha o carro até o fim de sua vida útil.
Essas placas seguem o mesmo padrão de outros países do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, o que facilita a circulação internacional dos veículos. A principal diferença de um país para o outro do Mercosul é a ordem das letras e números.
Resumo das Mudanças ao Longo do Tempos
Período | Tipo de Placa Automotiva | Características Principais |
1901-1915 | Sem padrão | Fundo preto, apenas números, criadas pelo próprio dono |
1915-1941 | Pretas com letras | Letras (P ou A), numeração com até 5 dígitos |
1941-1970 | Cor abóbora | Números e nome da cidade/estado, placas transferíveis |
1971-1990 | Letras + números | Duas letras + quatro dígitos, plaqueta anual obrigatória |
1990-2018 | Cinza com três letras | Três letras + quatro números, sistema nacional, RENAVAM |
2018-presente | Padrão Mercosul | Quatro letras + três números, QR Code, padrão internacional |
Cada mudança nos modelos de placa automotiva do Brasil teve um motivo. Algumas vieram para aumentar a segurança, outras para organizar melhor o sistema de identificação, e também para acompanhar a evolução tecnológica.
Hoje, com as placas do Mercosul, o Brasil está mais integrado aos países vizinhos. Além disso, o QR Code ajuda as autoridades a verificar as informações do carro com mais facilidade, combatendo fraudes e clonagens.
Placa Automotiva: Entenda o Que Cada Cor Representa
As cores das placas dos carros no Brasil não são apenas decorativas — elas indicam a categoria de uso do veículo, como particular, comercial, oficial, diplomático ou de teste.
Com a adoção do padrão Mercosul (ou PIV), desde 2020, o sistema passou por mudanças importantes na forma de identificação, e hoje cada uso aparece marcado pela cor dos caracteres e da borda, mantendo o fundo branco padrão.

Fonte: Canva
Cores no padrão antigo (até 2018)
- Fundo cinza com caracteres pretos: veículo particular (uso comum)
- Fundo vermelho com caracteres brancos: veículos de aluguel ou transporte público, como táxis, vans e ônibus
- Fundo branco com caracteres vermelhos: veículos de autoescola (aprendizagem)
- Fundo branco com caracteres pretos: veículos oficiais de governo (município, estados ou União)
- Fundo preto com caracteres cinza: veículos de coleção, com mais de 30 anos e em estado original
Fundo verde com caracteres brancos: veículos de fabricantes ou em teste - Fundo azul com caracteres brancos: veículos diplomáticos ou consulares
- Fundo preto com caracteres dourados: veículos de autoridades (representação oficial)

Fonte: Canva
Cores no padrão Mercosul (PIV, desde 2020)
Agora todas as placas têm fundo branco e faixa azul superior com o nome “Brasil”. O que muda é a cor dos caracteres e da borda, segundo a categoria do veículo:
- Preto: veículo particular — o tipo mais comum de placa hoje em dia
- Vermelho: veículo comercial, que inclui transporte pago de pessoas ou de aprendizado (aluguel e autoescola)
- Azul: veículo oficial do governo — federal, estadual ou municipal
- Verde: veículo em teste, usado por montadoras ou concessionárias
Dourado: veículo diplomático ou consular - Cinza (prata): veículos de coleção com mais de 30 anos e certificados de originalidade, seguindo o padrão Mercosul
Importante notar que, para colecionadores, em junho de 2022 foi permitida a retomada da placa preta com caracteres brancos, como uma exceção nacional, embora seja restrita ao país e fique de fora dos padrões Mercosul quando se trata de circulação internacional
Curiosidades Sobre as Placa Automotiva no Brasil
- Antigamente, as placas podiam ser transferidas de um carro para outro.
- Algumas placas antigas com números baixos viraram peças de colecionador – como são feitas atualmente nos Emirados Árabes.
- A primeira placa registrada no Brasil tinha apenas três dígitos.
- A cor das placas comerciais (vermelhas) se manteve por muitos anos.
- Hoje, é possível verificar a autenticidade de uma placa do Mercosul com um celular, usando o QR Code.
- Estilos de placa automotiva para objetivos diferentes (placa preta para carros colecionáveis, placa verde para veículos de experiência etc) mantiveram com o mesmo propósito, acompanhando apenas as mudanças visuais.
A evolução das placas de carro no Brasil mostra como o sistema de transporte se desenvolveu ao longo do tempo. Começando com modelos simples e personalizados, chegamos à era digital com placas modernas, seguras e conectadas com outros países.
Entender essa história não é só uma questão de curiosidade, mas também de consciência sobre a importância da legalização e segurança no trânsito.
Agora que você já conhece todos os modelos de placa automotiva já usados no Brasil, repare nos detalhes e veja como essa evolução está presente nas ruas todos os dias. E se quiser conhecer outras curiosidades sobre o mundo automotivo, continue navegando em nosso blog.

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