Todas as Gerações do Dodge Challenger

Desde o seu surgimento, o Challenger conquistou seu espaço como um dos carros mais marcantes da história da Dodge e um verdadeiro símbolo dos muscle cars americanos. 

Um modelo que nasceu para desafiar rivais como Camaro e Mustang, mas acabou se tornando uma lenda por conta própria. 

O nome Challenger, que significa “desafiante”, nunca foi tão adequado — afinal, o carro sempre representou a rebeldia, a força e a paixão pelo desempenho.

Neste artigo, vamos relembrar todas as gerações do Dodge Challenger, desde o clássico dos anos 70 até o seu grandioso encerramento em 2023, quando a era dos motores V8 chegou ao fim. 

Prepare-se para uma viagem pela história de um dos carros mais icônicos já produzidos nos Estados Unidos.

Primeira geração (1970–1974)

A primeira geração do Challenger marcou a entrada da Dodge no segmento dos pony cars, dominado por modelos como Ford Mustang e Chevrolet Camaro. 

Apresentado em 1969 como linha 1970, o carro era baseado na plataforma E-body, compartilhando algumas peças com o Plymouth Barracuda, mas com dimensões um pouco maiores e mais luxuosas.

Visualmente, o Challenger trazia tudo o que se esperava de um muscle car: capô longo, traseira curta e linhas agressivas. O interior tinha acabamento refinado e diversas opções de personalização — algo que o diferenciava dos concorrentes.

Além da variedade de motores, a Dodge oferecia mais de 20 combinações de pintura e faixas esportivas, o que tornava cada unidade praticamente única. 

O carro também podia ser equipado com transmissão manual de quatro marchas ou automática TorqueFlite de três. 

Em 1971, leves mudanças no design e novas opções de grade e faróis deixaram o modelo ainda mais imponente. Apesar do sucesso inicial, o Challenger enfrentou o declínio dos muscle cars com a crise do petróleo e restrições ambientais, encerrando sua produção em 1974, mas deixando um legado eterno.

Versões e motores

A linha incluía versões Challenger base, SE (Special Edition) e a desejada R/T (Road/Track). Logo depois, a Dodge lançou a T/A (Trans Am), criada para homologar o carro nas corridas da categoria SCCA.

Os motores variavam do modesto seis cilindros 225 até os poderosos V8, passando por várias opções de desempenho:

• 383 Magnum V8 – 6.3L (cerca de 335 cv)
• 440 Six Pack – 7.2L (390 cv)
• 426 HEMI – 7.0L (431 cv)

Com esse último, o Challenger R/T era capaz de deixar muitos esportivos europeus para trás.

Curiosidades

• O Challenger T/A 1970 foi uma edição limitada, produzida em cerca de 2.400 unidades, e é um dos mais raros até hoje.
• O modelo apareceu em filmes e séries da época, sendo eternizado no longa Vanishing Point (1971), que o transformou em um ícone cultural.
• Apesar do sucesso inicial, a crise do petróleo e as leis de emissões dos anos 70 acabaram com a festa. Em 1974, a primeira geração se despedia, encerrando a era dourada dos muscle cars.

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Segunda geração (1978–1983)

Após alguns anos de ausência, o nome Challenger voltou — mas de uma forma bem diferente. Em 1978, a Dodge lançou um cupê esportivo compacto desenvolvido em parceria com a Mitsubishi.

Visualmente, o carro nada tinha a ver com o antigo muscle car. Era menor, mais leve e focado em economia de combustível, refletindo o novo momento da indústria automotiva após a crise energética.

Embora o desempenho estivesse longe do espírito original, o novo Challenger trazia qualidades próprias: boa construção, consumo baixo e comportamento equilibrado. 

O interior tinha um painel moderno para a época, com cluster digital opcional e detalhes em alumínio. Versões como a Technica adicionavam itens de conforto, teto solar e direção assistida. 

No entanto, mesmo com sua proposta racional, o público americano sentia falta do ronco dos V8 e da presença imponente do antigo modelo. Assim, em 1983, o Challenger saiu novamente de cena, aguardando o momento certo para um verdadeiro retorno.

Versões e motores

O Challenger dessa geração oferecia motores de quatro cilindros, variando entre:

• Base – I4 1.6L (77 cv)
• 2.0 – I4 2.0L (93 cv)
• Technica – I4 2.6L (105 cv)

Havia versões base e Technica, com itens de conforto e aparência esportiva, mas sem o desempenho explosivo que o nome Challenger evocava.

Curiosidades

• O modelo era praticamente idêntico ao Plymouth Sapporo, apenas com leves diferenças visuais.
• Apesar de ser bem construído e econômico, o carro não agradou aos fãs da marca — que esperavam potência e ronco V8.
• Em 1983, o Challenger foi descontinuado novamente, e o nome ficou adormecido por mais de duas décadas.

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Terceira geração (2008–2023)

O Challenger de terceira geração não apenas trouxe de volta o visual retrô, mas também reviveu a rivalidade clássica com Mustang e Camaro. 

Seu design equilibrava nostalgia e modernidade, com faróis circulares embutidos em uma frente robusta, capô ventilado e traseira larga com lanternas de LED em barra única. 

O interior mesclava conforto e esportividade, com bancos envolventes, central multimídia Uconnect e materiais de boa qualidade, mantendo a pegada old school.

Em desempenho, o carro evoluiu constantemente: ganhou câmbio automático de 8 marchas, controle de largada, modos de condução e freios Brembo nas versões mais potentes. 

Além disso, a Dodge manteve a tradição de permitir alto nível de personalização — com dezenas de cores, faixas, rodas e pacotes visuais. O sucesso foi tanto que o Challenger se manteve praticamente inalterado por 15 anos, mostrando que a essência dos muscle cars ainda tinha muita força no século XXI.

Versões e motores

A terceira geração teve diversas versões, variando de modelos tranquilos até monstros de mais de 800 cv:

• Challenger SXT / SE – V6 3.5L ou 3.6L (305 cv)
• R/T – V8 5.7L HEMI (375 cv)
• Scat Pack / 392 – V8 6.4L HEMI (485 cv)
• SRT8 – V8 6.1L ou 6.4L (470 cv)
• SRT Hellcat – V8 6.2L Supercharged (717 cv)
• SRT Hellcat Redeye – (797 cv)
• SRT Super Stock – (807 cv)
• SRT Demon (2018) – o ápice da loucura: 6.2L Supercharged com 840 cv, o carro de arrancada mais rápido do mundo na época (fotos).

Além disso, versões Widebody trouxeram arcos de roda alargados e pneus mais largos, melhorando a estabilidade e o visual mais agressivo do carro.

Edições especiais do Dodge Challenger

Nos anos finais, a Dodge lançou a série “Last Call”, homenageando o fim dos motores V8 HEMI. Entre elas estavam:

• Black Ghost – inspirado em um famoso R/T 1970 de Detroit;
• King Daytona – tributo às corridas de rua dos anos 70;
• Swinger e Shakedown – reinterpretações retrô de versões antigas;
• Demon 170 (2023) – 1.025 cv com etanol E85, o Challenger mais poderoso e o último V8 produzido pela Dodge.

O Challenger moderno foi o único muscle car americano com opção de tração integral (na versão GT). O modelo SRT Demon acelerava de 0 a 100 km/h em cerca de 2,3 segundos, tornando-se o mais rápido já produzido em série. Em 2023, o último Challenger V8 saiu da linha de montagem, encerrando um ciclo histórico de potência e emoção.

O Dodge Challenger é mais do que um carro — é um símbolo da força americana e da paixão por desempenho. Desde a estreia explosiva nos anos 70 até o seu glorioso encerramento em 2023, o modelo atravessou décadas se reinventando, sem nunca perder sua essência.

Mesmo em uma era dominada por carros elétricos e tecnologias silenciosas, o rugido de um Challenger V8 continuará ecoando como lembrança de uma época em que dirigir era sinônimo de emoção e liberdade. O Challenger não foi apenas um competidor — foi o desafiante eterno.

Gostou de conhecer a história do Dodge Challenger? Em nosso blog você encontra essa e todas as gerações de outros modelos de carros. Continue navegando e aumente seu conhecimento automotivo.